26 de fevereiro de 2011

Boemia

Nada na  adega; só vinhos.
Tudo na adega; nádegas.
Beijos que bocam, bocas que bebem.
Nos becos, bacanais...
Bocas sem dentes, beijos ardentes...
Sexo, bocas, vinho...
E tudo indo longe...
Indo, vindo
E eu só... ica ica
... zinho...

Pueri et Puellae

...o Renato, o Russo...
Gostava dos dois...
.          .          .          .


E nós dois?
De nos lamber num beijo.
Eu também gosto de Caju e de você.
.          .          .          .


E você?
O que quer de mim?
A minha língua
Ou o meu latim?

Papel e Gênio

Sabe de uma coisa?
Cansei de deixar o papel assim
Quieto, silencioso, branco...
Ele puro querendo manchar
E eu imundo,
Doido pra soltar o verbo...
Cada um tem seu papel
Cada papel tem sua função
Comparo esse ao higiênico
Que não foi feito pra ficar limpo...
Papel sujo de merda...
Assim como este!